Silas: “Na hora em que precisou, o Victor estava lá”
Em entrevista coletiva após o empate sem gols com o Atlético-Go neste sábado, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico gremista Silas salientou a atuação do goleiro Victor no Serra Dourada. Porém, também fez questão de elogiar a atitude do restante da equipe, que “não se acuou ou ficou se defendendo”, à exceção dos últimos 15 minutos, quando já não contava com o zagueiro Ozeia, expulso.
Diante da preservação de cinco titulares (Mário Fernandes, Douglas, Leandro, Jonas e Borges), o técnico gremista enalteceu a força do grupo e antecipou que, enquanto Copa do Brasil e Brasileirão estiverem sendo disputados paralelamente, a utilização de time misto no certame de pontos corridos deve prosseguir. Silas também projetou o enfrentamento com o Santos a partir da próxima quarta-feira, pelas semifinais da Copa do Brasil, e frisou que o time da Vila Belmiro é bem mais que Robinho, Neymar e Ganso. Confira abaixo.
- Silas fala sobre a pressão do adversário no fim da partida
“Mais uma vez, gostaria de parabenizar o Victor pelo grande goleiro que é e pela grande campanha que está fazendo, e não é de hoje. Estamos felizes por termos um goleiro como ele. O Atlético-Go veio para cima da gente quando o Ozeia foi expulso, nos últimos 15 minutos, e sofremos um pouco. Mas, mesmo neste período, tivemos a chance de matar o jogo, com o Maylson, e infelizmente não conseguimos fazer o gol.”
- O jogo deste sábado mudou em algum aspecto a projeção para quarta-feira, contra o Santos?
“A ideia era esta mesma. O time não se acuou ou ficou se defendendo. Depois que perdeu um jogador, ficou mais difícil. O Atlético-Go tem um bom time também, veio para cima. Mas, na hora em que precisou, o Victor estava lá. O importante é que, quando estava 11 contra 11, o Bergson teve por duas vezes a chance de matar o jogo; não conseguimos. Entramos no campo do Atlético-Go, a força do grupo apareceu de novo e estamos felizes por isso. Agora vamos descansar. Quarta-feira temos um dos jogos mais importantes até o meio do ano.”
- Se Neuton não puder atuar diante do Santos, entra Bruno Collaço ou Joilson na lateral esquerda?
“Vamos ver ainda. Aparentemente, foi só um desgaste com o Neuton. Antes de "abrir" (lesão muscular), ele saiu, e já tínhamos essa precaução. Tomara que possa estar na quarta. Se não tiver, temos quem colocar ali.”
- Em termos técnicos e táticos, como chega o Grêmio à semifinal da Copa do Brasil?
“Está tudo dentro do previsto. Não queríamos perder esse jogo de hoje, em início de campeonato e fora de casa. Agora temos dois no Olímpico: Santos e Corinthians. Começamos bem o Brasileiro, ao não perder contra um time forte. Recuperamos o Maylson, que voltou, o Roberson, o Bergson. Nesta hora, a força do grupo precisa aparecer. Oito meses de campeonato não é brincadeira.”
- Quem está na frente na briga pela titularidade: Leandro ou Hugo?
“Enquanto estivermos nesta situação de maratona, vamos trabalhar em cima do grupo. Por ter ficado no banco contra o Fluminense, o Leandro não foi menos importante. Por enquanto, é o grupo. Quando acabar a Copa do Brasil e iniciar só o Brasileiro, aí vamos definir os 11 titulares, procurando mexer pouco. Para quarta-feira, ainda não defini.”
- O placar de 0 a 0 em Goiânia foi bom?
“Acho que foi, e para o Atlético-Go também. De repente, para o Atlético-Go, o Grêmio nem é do seu campeonato. Neste ano, acho que eles lutam pela permanência (na Série A) ou pela (vaga) Sul-Americana. Em casa, não perder para o Grêmio também é um grande resultado.”
- Silas planeja marcação especial em algum jogador do Santos?
“Dentro de casa vamos jogar procurando a vitória. Fala-se muito em Robinho e Paulo Henrique (Ganso), mas o Santos tem André, Marquinhos, Wesley, Pará. O Santos tem um grande time, não é dependente de Neymar e Robinho. Vai ser um grande jogo; nossa expectativa é de conseguir uma boa vitória.”
- O que o técnico leva do Serra Dourada para a partida de quarta?
“Esse espírito incansável, principalmente nos momentos complicados, quando o time cresce, agrupa-se e não se entrega. Vai ser assim até o final, não só na Copa do Brasil mas também no Brasileiro. É como fala o Joel Santana: são 38 provas; a primeira foi hoje.”
- Quais as condições dos atletas que permaneceram em Porto Alegre (Mário Fernandes, Douglas, Jonas e Borges)?
“O Mário é o único que vamos precisar falar com os médicos. Os outros era uma questão de cansaço mesmo, sem lesão. Todos estão perfeitos.”
- Se Neuton não tiver condições, Bruno Collaço é o primeiro da fila para ocupar a lateral esquerda?
“É o Bruno, tem o Joilson, pela experiência. E há uma outra situação, que já tenho na cabeça, que também é interessante. Vamos treinar e, se eu gostar, depois falo para vocês.”
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